quinta-feira, 24 de abril de 2008

Entrando em Sintonia

Começamos com uma pitada de informação indispensável aos produtores de qualquer midia eletrônica. Que estão atentos ao ponto de mutação que se dissolve em passos lentos de uma ebulição. A chamada "cultura eletrônica" vai sendo dinâmicamente substituida por costumes, experiências, referências e criações virtuais (para não dizer voláteis). Cada segundo decorrido e a cultura deixa de ser eletrônica e passa à ser digital. Somos homens e máquinas. Pulso e frequência. Logo seremos bits, bytes e pensamento, apenas. Talvez em uma evolução circular ao analógico. Procurando por bips suaves como uma pluma ou kicks com o peso de um trovão. O digital é virtual e virtuoso. Reais invenções feitas dentro dessa consciência virtual devem ser apresentadas, representadas e re-apresentadas dentro desse universo, sem distorção, perda ou compressão.
Essa é a razão desse espaço. Entender o movimento natural da inteligência humana. Preservá-la no ambiente de concepção. Evoluir o conceito através de um brainstorm único e universal, com a participação livre de cada indivíduo. Entendemos o movimento e conhecemos a evolução, portanto, estamos abertos às novas possibilidades. Somos flexíveis na busca da evolução do conceito, e para isso é preciso conhecer primeiramente a si mesmo, refletir em atitudes sensatas e por fim receber o dom.
E quando a criação é digital, a propagação é instantânea, o reconhecimento astronômico e a reutilização um fato de um processo irreversível. Para isso é preciso saber:

Atribuição. Você permite que outras pessoas copiem, distribuam e executem sua obra, protegida por direitos autorais – e as obras derivados criadas a partir dela – mas somente se for dado crédito da maneira que você estabeleceu.
Uso Não Comercial. Você permite que outras pessoas copiem, distribuam e executem sua obra – e as obras derivadas criadas a partir dela – mas somente para fins não comerciais.
Não à Obras Derivadas. Você permite que outras pessoas copiem, distribuam e executem somente cópias exatas da sua obra, mas não obras derivadas.
Compartilhamento pela mesma Licença. Você pode permitir que outras pessoas distribuam obras derivadas somente sob uma licença idêntica à licença que rege sua obra.

Essas são definições básicas do movimento de livre distribuição de propriedade intelectual Creative Commons. Perfeito ou não, esse é o conceito de arte cooperativista que mais se aproxima dos ideais desse canal de comunicação. Por enquanto parece atender bem as peculiaridades da criação digital. Seja você um produtor audio e/ou visual ou um simples expectador, por favor, esteja atento a essas regras, ao menos enquanto não surgir outras mais interessantes, ou até que todos entendam a necessidade da livre manifestação digital. O real foi outra coisa.

Para maiores informações: www.creativecommons.org.br

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